Os Principais Benefícios da Soja Para a Saúde da Mulher

Neste artigo veremos quais são os principais benefícios da soja para a saúde das mulheres, especialmente para as que estão chegando ou já passaram da menopausa.

Embora a soja seja um alimento de tradição oriental, nas últimas décadas tem adquirido uma maior popularidade em muitas outras regiões do mundo.

A saúde das mulheres depende, em grande parte, de uma dieta equilibrada e correta para as necessidades nutricionais em diferentes estágios da sua vida. De fato, o organismo da mulher adulta sofre mudanças com a idade que predispõem a uma série de distúrbios.

Conheça agora os benefícios da soja para a saúde da mulher

As características da soja tornaram-na num alimento com especial interesse para as mulheres, especialmente a partir da pré-menopausa.

A soja é um alimento altamente nutritivo. Fornece proteínas que se destacam por sua boa qualidade, lipídeos saudáveis, fibras, vitaminas e minerais.

Também proporciona outros componentes muito interessantes para a saúde, como os fitoesteróis (ou fitosteróis) e as isoflavonas.


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Por outro lado, a soja tem um nível de proteína superior ao de muitas carnes. Além disso, contribui com todos os aminoácidos essenciais na idade adulta, com exceção da metionina, que pode ser facilmente obtida a partir de outros alimentos, como os cereais, leite ou ovos.

Uma maior presença de soja na alimentação pode servir para reduzir o consumo de produtos derivados da carne, com a consequente redução na ingestão de gorduras saturadas e colesterol ruim (LDL).

Além disso, tem se observado que o tipo de proteína da soja está relacionado com certos benefícios para a saúde, tais como:

  • Redução de colesterol LDL e triglicerídeos.
  • Diminuição da pressão arterial.
  • Redução da gordura corporal.
  • Aumento da saciedade.

De acordo com o FDA (organismo regulador de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos), estes benefícios são obtidos com o consumo de 25 gramas de proteína de soja por dia.

– As gorduras boas da soja

A soja contém 20% de gordura, principalmente fosfolipídios, como a lecitina e as gorduras poli-insaturadas do tipo ômega-3. Contribui também com ácido oleico, mas em menor grau.

O perfil lipídico da soja lhe confere propriedades protetoras da saúde cardiovascular que as mulheres com mais de 45 anos devem ter em conta.

A partir desta idade, a produção de estrogênio começa a diminuir, o que significa que o risco cardiovascular fica igual ao dos homens.

O tipo de gorduras que a soja fornece tem efeito antioxidante e antiaterogênico (inibe a formação de depósitos de gordura nas paredes das artérias). Por isso o FDA recomenda o consumo de 2-3 porções de alimentos derivados de soja por dia.

Dessa maneira, se consegue um efeito redutor dos sintomas associados à menopausa, do colesterol ruim e do risco de sofrer problemas cardiovasculares, contanto que o seu consumo seja associado a uma dieta baixa em gorduras saturadas.

– A soja ajuda a controlar o peso na menopausa

A menopausa afeta o metabolismo da mulher, pelo que é possível que tenha um certo ganho de peso.

Por esta razão, é aconselhável basear a dieta em alimentos de baixas calorias, como a soja e seus derivados, por exemplo, e com um perfil nutricional adequado às necessidades da situação fisiológica da pessoa.

– Como a soja protege a massa óssea?

À medida que a idade progride, os ossos se desgastam. Este problema é a primeira causa de fratura óssea em mulheres na pós-menopausa.

Os fatores de risco mais comuns são: a falta de estrogênio, o consumo insuficiente de cálcio e vitamina D, e o estilo de vida sedentário.

Para evitar o desgaste prematuro e para ajudar a reparar os ossos desgastados, é necessário tomar duas medidas fundamentais:

  • praticar exercícios físicos de forma regular e permanente,
  • consumir alimentos ricos em cálcio e vitamina D, junto com uma dieta variada e equilibrada.

Embora a soja já seja de por sí uma fonte natural de cálcio e vitamina D, muitos alimentos derivados ainda são enriquecidos com estes nutrientes básicos para evitar o mencionado desgaste.

Pesquisas recentes concluíram que as isoflavonas reduzem o risco de fratura óssea e aumentam a formação dos ossos e a densidade mineral dos mesmos em mulheres pós-menopáusicas.

A adoção de hábitos saudáveis melhora a qualidade de vida ao longo das diferentes fases da vida feminina, mas principalmente durante a menopausa e na terceira idade.

Veja quais os benefícios da soja para a saúde feminina

– Estudo demonstra que a soja reduz riscos cardíacos em mulheres

Este é um dos melhores benefícios da soja para a saúde da mulher. Uma pesquisa realizada no Japão por 13 anos, a pedido do Ministério da Saúde daquele país, demonstrou que o grão de soja reduz os riscos cardíacos em mulheres.

Os resultados foram publicados no jornal Circulation, da Associação Cardíaca Americana.

Segundo este estudo, as mulheres que consomem produtos à base de soja regularmente têm de 3 a 4 vezes menos riscos de sofrer um ataque ou uma crise cardíaca. 

Os pesquisadores comprovaram que os produtos derivados da soja, que é rica em isoflavonas e em vitamina E, têm efeitos protetores ainda mais significativos nas mulheres que já entraram na menopausa.

Os testes foram feitos com 40.462 japoneses de ambos os sexos, com idades entre 40 e 59 anos, e que não eram vítimas de câncer, nem de doenças cardíacas.

Homens e mulheres foram divididos em cinco grupos, em função da quantidade de soja consumida diariamente.

Resultados da pesquisa

O estudo científico mostrou que o risco de apoplexia ou de crise cardíaca era de 0,39 nas mulheres que consumiram mais soja, contra 1 para aquelas que consumiram a menor quantidade.

A diferença foi ainda maior -de 0,25 para 1- no grupo das que já estavam na menopausa.

Em contrapartida, a pesquisa não expôs nenhuma grande alteração entre os cinco grupos masculinos.

As mulheres que registraram o menor risco de desenvolver problemas cardíacos consumiam, por dia, o equivalente a 45 gramas de natto (soja fermentada) ou cerca de 100 gramas de tofu (queijo de soja).

Quais são as isoflavonas da soja?

As isoflavonas que podem ser encontradas na soja são principalmente duas: a genisteína e a daidzeína. A gliciteína também está presente, embora em uma proporção muito menor.

São elementos também conhecidos como fitoestrogênios, devido à sua ação regulatória do estrogênio.

Por esse motivo, foram postuladas como alternativas naturais à terapia de reposição hormonal para mulheres na menopausa.

Tanto nas sementes de soja como nos alimentos derivados que não tenham sido processados, as isoflavonas estão associadas com a proteína de soja em uma proporção de 3,5 mg de isoflavonas por 1 grama de proteína.

Traduzido em porções de alimentos, podemos dizer que cerca de 100 gramas de tofu ou um copo de bebida de soja fornecem 25 mg de isoflavonas.

Na realidade, a biodisponibilidade de isoflavonas da dieta é tão limitada que, se a soja não for incorporada na alimentação diária, é difícil conseguir uma contribuição significativa para a saúde.

O papel das isoflavonas na saúde da mulher é fundamental

Por um lado, agem como reguladoras do estrogênio e têm a capacidade de aliviar os sintomas do climatério.

Mas por outro, também podem prevenir o câncer de mama e outras doenças crônicas, tais como as  cardiovasculares e a osteoporose.

Além do mais, alguns estudos clínicos sugerem o efeito benéfico das isoflavonas sobre a resistência à insulina, o controle glicêmico e a redução do peso corporal.

Outros estudos sugerem que o consumo frequente de alimentos derivados da soja pode reduzir o risco de câncer de pulmão em mulheres não-fumantes, em particular com tumores agressivos.

Outro fato observado nas pesquisas é que as isoflavonas da soja podem ajudar a reduzir a perda óssea e aliviar as ondas de calor.

Em conclusão, alguns dados clínicos e epidemiológicos tem mostrado que a soja e seus derivados podem contribuir de forma significativa para melhorar a saúde da mulher, principalmente na pós-menopausa.

A soja e as isoflavonas têm malefícios?

No que diz respeito à segurança das isoflavonas, foi descartado que possam aumentar o risco de câncer de mama. Além disso, a Associação Americana do Câncer recomenda o consumo de 3 porções de alimentos derivados de soja ao dia para o seu efeito preventivo.

No entanto, nem tudo são flores…

Segundo pesquisas, o consumo excessivo da soja está relacionado a certos efeitos negativos sobre a glândula tireoide.

É recomendável então que as pessoas que tenham hipotireoidismo façam um consumo moderado da soja e seus derivados.

A quantidade recomendada é de 500 ml de leite de soja ou apenas 50 gr do grão de soja torrado.

Além do mais, a soja tem elementos denominados fitatos que prejudicam na absorção de minerais importantíssimos, como o cálcio, o zinco e o ferro. Mas este efeito só se manifesta caso o consumo seja exagerado.

Precauções:
Não se recomenda o consumo de leite de soja para crianças e pessoas que tenham anemia.

Em resumo, salvo os casos antes mencionados e desde que não se exagere no consumo, a soja e seus derivados são alimentos adequados para o consumo da mulher, especialmente a partir da pré-menopausa.

Recomendações:
É bom ter um certo cuidado ao escolher os produtos industrializados à base de soja: os melhores são sempre os “isolados” ou seja, livres do fitato.

Que propriedades tem o leite de soja?

Recomendamos que você veja mais detalhes neste outro artigo:

Bem, isto foi tudo por hoje. Esperamos que tenha achado úteis estas informações sobre os benefícios da soja e seus derivados para a saúde da mulher.

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