O Que é Incontinência Urinária? [Causas, Tipos e Como se Trata]

Neste post veremos o que é incontinência urinária, quais são as suas causas mais comuns, os tipos do transtorno e quais os tratamentos recomendados.

Esta condição pode manifestar-se em qualquer idade e em ambos os sexos, embora seja mais comum em pessoas idosas do sexo feminino.

A pessoa afetada pode sofrer de incontinência discreta que seja bem tolerada, ou tão intensa que possa requerer o uso de dispositivos auxiliares (absorventes ou fraldas geriátricas, por exemplo).

O que é incontinência urinária e que consequências tem?

Vejamos agora a definição sobre o que é incontinência urinária, de que maneiras pode apresentar-se e que problemas pode ocasionar nas pessoas que a sofrem.

A incontinência urinária é a perda involuntária da urina e pode manifestar-se de forma aguda, persistente ou crônica, independentemente da idade ou do sexo do paciente.

Esta condição desencadeia a perda do controle da bexiga e seus sintomas podem variar desde pequenas perdas de urina até a incontinência total.


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As pessoas afetadas dizem que essa patologia não só afeta a sua vida social e laboral, mas também os prejudica a nível psicológico.

64% das pessoas com incontinência afirmam sentir vergonha quando falam sobre seu problema e medo de súbitos “vazamentos” em público.

Por esta razão, é comum que a sua auto-estima se veja afetada e que essas pessoas tendam a isolar-se.

Segundo os especialistas, em muitos casos pode surgir estresse, ansiedade ou depressão.

Mas a incontinência urinária também desencadeia problemas de saúde física, tais como: infecções, sepse urinária, irritação e desconforto na pele, entre outros.

Por que a pessoa perde o controle sobre a sua bexiga?

Quando a bexiga está bastante cheia, os nervos enviam um sinal ao cérebro para que saiba que a urina deve ser eliminada.

A urina sai através da uretra, que até esse momento permaneceu fechada pela força dos músculos do esfíncter.

O músculo interno do esfíncter abre quando a bexiga está cheia, mas o externo se contrai de forma voluntaria, de modo que é a própria pessoa quem pode controlar a saída ou não da urina.

Por outro lado, há os chamados músculos do assoalho pélvico, localizados sob a bexiga e ao redor da uretra, que são responsáveis pelo controle correto da bexiga.

Estima-se que uma em cada quatro mulheres e um em cada oito homens sofram uma interrupção deste processo de controle dos músculos responsáveis pela eliminação da urina em algum momento de suas vidas.

Saiba o que é  incontinência urinária

Quais são as principais causas da incontinência urinária?

Estas são algumas das causas médicas, condições fisiológicas ou situações pessoais que podem levar uma pessoa a sofrer de incontinência urinária.

1- A gravidez

As mudanças produzidas no corpo da mulher durante a gravidez e o parto podem desencadear incontinência urinária.

Isto é devido a uma combinação de mudanças hormonais, a pressão constante exercida pelo útero sobre a bexiga e os esforços feitos durante o parto, que acabam provocando o enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico.

As perdas de urina podem começar durante a gravidez e continuar mais tarde.

No entanto, a incontinência urinária na gravidez costuma ser temporária e muitas mães experimentam melhorias ao realizar exercícios de fortalecimento muscular pélvico.

2- A menopausa

De modo similar ao que acontece na gravidez, esta etapa da vida feminina é caracterizada por mudanças hormonais e físicas.

Neste caso, a diminuição da quantidade de estrogênio afeta os músculos abdominais, o que pode causar uma alteração na posição da bexiga, de modo que a eficácia dos músculos responsáveis por mantê-la fechada se veja reduzida.

3- As doenças neurológicas

Doenças que afetam nossas habilidades neurológicas, como o Parkinson, Alzheimer, demência, espinha bífida, síndrome de confusão aguda, esclerose múltipla ou AVC (derrame cerebral), podem causar incontinência, pois a comunicação entre o cérebro e a bexiga é afetada.

Em todos os casos, a comunicação deficiente pode levar ao desenvolvimento de uma bexiga hiperativa, que torna necessário urinar com uma frequência acima do normal, ou hipoativa, que apresenta um esvaziamento incompleto, o que produz perdas de urina.

4- O excesso de peso

O excesso de peso, especialmente em casos de obesidade, causa uma maior pressão nos músculos abdominais e pélvicos.

Isto pode ocasionar uma perda de urina em maior ou menor grau.

5- Outras doenças

Alguns transtornos podem causar o aparecimento de incontinência aguda. Mas em alguns casos isto acontece não somente enquanto dura o problema, mas também de forma permanente, como consequência do mesmo.

Alguns deles são: diabetes, hospitalização ou imobilização prolongada, condições que aumentam o ritmo da diurese, como a hiperglicemia.

A incontinência pode aparecer como resultado de danos ou interferências nos canais nervosos, mas também pode surgir em função de um erro ao registrar esses sinais.

6- As infecções urinárias

Pessoas que tem infecções de urina de maneira frequente podem sofrer de hipersensibilidade na bexiga.

Desta forma, a bexiga que ainda não está completamente cheia, incorretamente envia ao cérebro sinais de urgência para urinar.

7- Os medicamentos e outras substâncias

A incontinência urinária também pode aparecer como um efeito colateral de certos medicamentos e do consumo de algumas substâncias que são diuréticas ou que afetam os músculos ou os nervos da bexiga.

Entre os mesmos podemos destacar: os anti-hipertensivos, os anti-gripais, os hipnóticos (indutores do sono) e os diuréticos.

Por outro lado, as bebidas que contêm cafeína e alguns alimentos como o chocolate, também podem causar problemas no controle da bexiga.

Do mesmo modo, o álcool, que tem um efeito diurético e depressivo no cérebro, pode evitar que o mesmo se comunique corretamente com a bexiga.

Os tipos de incontinência urinária

Existem vários tipos de incontinência de acordo com a sua origem.

Estes são os principais:

– Incontinência urinária de urgência

Está relacionada ao aumento da atividade dos músculos relacionados à abertura da bexiga.

É a inflamação do epitélio interno da bexiga que causa a hiperatividade muscular.

Pode ser devida a uma infecção, mas também pode ser causada por um estímulo psicossomático, por estímulos sociais e ambientais. 

– Incontinência psicogênica

É muito rara e produz o aumento da atividade dos músculos da bexiga por um esforço inconsciente.

– Incontinência por transbordamento

Também conhecida como dissinergia do detrusor, é causada pela instabilidade do músculo detrusor da bexiga.

Às vezes está relacionada ao esforço, embora também possa aparecer sem causa óbvia.

Geralmente o paciente tem tempo de chegar a um banheiro próximo e, como resultado, os episódios de depressão são menores do que em outros tipos de incontinência.

Durante a noite, a micção força o paciente a se levantar três ou quatro vezes.

– Incontinência de esforço ou de estresse

É a forma mais frequente e consiste na perda de urina involuntária que ocorre ao fazer um determinado esforço (tosse, riso, espirro, etc.).

Acontece devido a uma diminuição da pressão intra-uretral causada por uma falha do esfíncter.

Neste caso, a perda de urina é pequena e imediata à realização do esforço. A micção é praticamente nula durante a noite.

No entanto, o incontinente pode isolar-se e deprimir-se de forma progressiva devido ao seu problema.

– Incontinência por anomalías congénitas

Por último, tem anomalías congénitas do trato urinário/genital que também podem causar a perda involuntária de urina.

Neste grupo podem ser mencionadas as fístulas vesicovaginais e o encurtamento da uretra.

Este tipo é mais comum nas crianças.

A incontinência urinaria tem cura?

O tratamento para incontinência urinária deve começar com as técnicas comportamentais, como a reeducação da bexiga e o treinamento de continência.

Isso exige que o paciente tenha suas funções cerebrais totalmente preservadas e que esteja motivado para solucionar seu problema.

No entanto, dependendo do tipo do transtorno, outros tratamentos são recomendados. Veja a seguir.

– De urgência

Este tipo de incontinência geralmente é tratado com medicamentos.

São utilizados fármacos anticolinérgicos que favorecem a retenção urinária.

Esses remédios para incontinência urinária podem ter alguns efeitos colaterais, como confusão, agitação, boca seca e hipotensão.

A estimulação elétrica é outra opção que tem apresentado resultados cada vez melhores.

– De esforço ou estresse

O treinamento de fisioterapia dos músculos pélvicos melhora esse tipo de incontinência em 60% dos casos.

Os exercícios para incontinência urinária devem ser realizados várias vezes ao dia e tem que levar em consideração que pode demorar de dois a nove meses até que os resultados comecem a ser vistos.

Se os exercícios não forem eficazes, a estimulação elétrica do músculo ou a cirurgia para incontinência urinária deverão ser realizados.

A taxa de sucesso da cirurgia de correção para incontinência urinária é de aproximadamente 90%.

– Por transbordamento

No homem, se a uretra for obstruída totalmente pela próstata, a mesma deve ser removida por meio de uma cirurgia.

Nas mulheres, são realizadas dilatações uretrais repetidas.

O tratamento farmacológico geralmente não é eficaz.

Nos casos em que o músculo detrusor da bexiga não estiver funcional, o único tratamento possível é o cateterismo da bexiga.

– Anomalias congênitas

Nestes casos, o tratamento é sempre cirúrgico para restaurar a anatomia normal do trato urinário.

Bem, isto foi tudo por hoje. Esperamos que tenha gostado destas informações sobre o que é incontinência urinária, seus tipos e tratamentos.

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