Como Combater a Depressão Nervosa [Causas e Sintomas]

Hoje compartilhamos com você várias informações e dicas sobre como combater a depressão, uma doença cada vez mais frequente na nossa sociedade moderna.

Todos nós de vez em quando nos sentimos tristes ou melancólicos, mas estes sentimentos geralmente são temporários e desaparecem em algumas horas.

Mas quando uma pessoa tem um transtorno depressivo, o mesmo interfere na sua vida diária, provocando dor, não só para quem sofre da doença, mas também para aqueles do seu círculo mais próximo.

O que é e o que causa a depressão nervosa

A depressão é uma doença comum, mas ao mesmo tempo bastante grave, por isso a maioria dos pacientes necessita de tratamento para superá-la.

No entanto, muitas pessoas com uma doença depressiva não procuram tratamento, quando poderiam melhorar de forma relativamente rápida, mesmo nos casos mais graves.

Pesquisas intensivas da doença resultaram no desenvolvimento de medicamentos, psicoterapias e outros métodos para tratar pessoas com este transtorno incapacitante.

Entre as principais causas da depressão encontram-se fatores genéticos, fisiológicos, pessoais e ambientais.

– Fatores genéticos

A presença de um histórico de depressão entre familiares próximos (pais e irmãos) aumenta em 25-30% a probabilidade de depressão.

– Fatores fisiológicos

O aparecimento e a cronicidade da depressão têm sido particularmente associados com a diminuição dos níveis de serotonina nas ligações neurais.

Por este motivo, no tratamento por vezes são utilizados fármacos cuja função é modificar os níveis de serotonina alterados nestes pacientes.

Por outro lado, existe também um grupo de doenças intimamente ligadas ao aparecimento da depressão, muitas delas relacionadas com alterações endócrinas: enxaqueca, diabetes, hipertireoidismo, síndrome de Cushing e a doença de Addison, entre outras.

– Fatores pessoais

Foi constatado que há uma percentagem significativamente mais elevada de depressão em mulheres do que em homens.

A idade também é um fator que pode influenciar e a faixa entre 35 e 45 anos é a de maior incidência da doença.

A gravidez e o pós-parto são fases vitais de mulheres com um risco aumentado de sofrer depressão devido às alterações hormonais.

– Fatores ambientais

São considerados fatores de risco todos aqueles que sejam negativos para a pessoa (estresse, ansiedade, incapacidade de canalizar os problemas, …) em qualquer um dos seus domínios pessoais (trabalho, família, etc.), especialmente se está em uma situação de dependência ou consumo regular de álcool, fumo, drogas, etc.

Por outro lado, uma situação de poucas ou nulas relações interpessoais poderia potencializar estes fatores.

Saiba quais são os principais sintomas da depressão

Principais sintomas da depressão

Cada pessoa é diferente e por esse motivo a doença pode afetá-la de forma diferente, com características únicas em cada caso. Entretanto, há uma série de sintomas frequentes, com características comuns a muitas pessoas que sofrem de depressão.

É importante lembrar que todos nós passamos por altos e baixos, que as decepções, a tristeza e a apatia são também uma parte normal de alguns momentos das nossas vidas.

Só devemos suspeitar de depressão quando se manifestarem vários sintomas ao mesmo tempo, se estes sinais persistirem por várias semanas e se vierem a afetar seriamente a pessoa, impedindo-a de levar uma vida normal.

Tem vários tipos de depressão nervosa, mas hoje nos concentraremos nos dos mais comuns: leve e severa (profunda).

– Sintomas de depressão leve

  • Sentir-se no fundo do poço. Estar continuamente triste, ansioso(a), com pouco ânimo ou com uma sensação de vazio.
  • Perda do interesse em tudo. Sensação de que a vida não tem significado ou valor e que não há nada interessante nela. Atitudes críticas a tudo, tédio de tudo e a perda do interesse pelos hobbies mais apreciados, as coisas que a pessoa mais gostava e até mesmo pela vida sexual.
  • Letargia, fadiga ou sensação de falta de energia. As pessoas com principio de depressão podem sentir que não têm mais forças para nada, podendo ter até dificuldade para sair da cama, sentindo-se exaustas com as tarefas mais simples.
  • Alterações no padrão do sono. Os pacientes podem sofrer de insônia, dormir menos, terem um sono irregular e acordar muito cedo, sendo incapazes de voltar a dormir. Outras vezes pode acontecer o oposto, um número excessivo de horas de sono.
  • Alterações no apetite. Não sentir vontade de comer e perder peso rapidamente ou, pelo contrário, comer muito mais do que o habitual.
  • Dores persistentes sem um motivo claro. É frequente sentir desconforto na cabeça ou no estômago, e ter problemas digestivos que não melhoram com um tratamento lógico.
  • Propensão ao choro. Chorar é algo normal e benéfico, pois ajuda a liberar tensões. No entanto, chorar muito mais do que o habitual sem nenhuma razão clara é um sinal de uma possível depressão.
  • Estar acelerado(a) demais. A dificuldade em ficar parado(a) por um tempo é outro sinal de alerta. Algumas pessoas são naturalmente muito ativas, mas a depressão pode criar uma desconfortável sensação de incapacidade para descansar ou para se concentrar em uma tarefa em particular.

– Sintomas de depressão profunda

É bastante difícil determinar a fronteira entre a depressão leve e a profunda, mas geralmente os sintomas anteriores permanecem de forma mais acentuada e se acrescentam outros, como os seguintes:

  • Dificuldade para tomar decisões. A depressão nervosa é um distúrbio com “pensamentos negativos automáticos” que inundam a mente. O baixo poder de concentração e / ou a dificuldade para tomar decisões também são sintomas comuns. Por esta razão, é importante não tomar decisões importantes nesse momento, pois pode ser feito de forma forçada, somente como uma fuga de uma situação de impotência e fracasso, mas que pode trazer consequências imprevisíveis.
  • Pessimismo e perda da esperança. A depressão profunda está ligada a uma atitude negativa, eliminando qualquer esperança de melhoria e deixando uma particular sensação de vazio.
  • Baixíssima autoestima. Sentimento de inutilidade e de que as pessoas ao seu redor, especialmente os familiares, estariam melhor sem eles. O paciente não é capaz de ver as suas qualidades, suas virtudes, seu valor e a enorme importância que tem para muitas pessoas.
  • Sentimento de culpa. A depressão faz com que o julgamento sobre si mesmo e sobre as situações vividas fique tremendamente distorcido, chegando a se sentir culpado por situações em que não tem responsabilidade direta.
  • Pensamentos de morte e suicídio. Nos casos mais graves, a depressão pode levar a pensamentos contínuos e repetidos sobre a morte, que pode ser vista como uma solução definitiva ao sofrimento experimentado e as sensações ruins de tristeza, escuridão e vazio que ela gera.

Como combater a depressão leve

Sair do fundo do poço sozinho não é uma tarefa fácil, por isso é altamente recomendável estar alerta e combater o transtorno assim que se notar a sua presença.

1. Aumente a atividade física

Quando a pessoa fica deprimida, seus movimentos tornam-se mais lentos; é como se a sua vida passa-se toda em câmera lenta.

Estes movimentos corporais são registrados pelo cérebro, que só reforça ainda mais a condição. Assim, a atividade física pode ajudar a quebrar este círculo vicioso.

Quando nos exercitamos, nos sentimos fisicamente tonificados, mais alertas e enérgicos, o que ajuda a eliminar a sensação de estagnação e imobilidade que vem de mãos dadas com a depressão.

Não importa se a quantidade de exercício que você pode fazer é pouca, o importante é se manter em atividade e fazer esforço exigido pela própria atividade física.

2. Socialize-se

A depressão leva ao isolamento, a pessoa perde o interesse em conversar sobre qualquer tema com alguém. Mas a solidão pode ser muito má companheira.

Então, vá dar um passeio, encontre um amigo com quem faz tempo que não conversa ou conheça novas pessoas. Estas são atividades que normalmente melhoram o humor.

3. Evite os temas que o(a) deprimem

Muitas pessoas falam constantemente sobre os problemas que as levaram à depressão, o que é algo compreensível, porque é o seu maior motivo de preocupação.

Falar sobre o que a gente sente é positivo, mas não há como sair da depressão se ficar o dia todo conversando sobre temas estressantes e deprimentes.

Estabeleça limites na sua conversa e tente falar sobre assuntos que você achar atraentes, motivadores e divertidos. Você pode inicialmente não perceber o efeito, mas aos poucos poderá mesmo estar sorrindo e ter deixado de lado as preocupações.

4. Tome sol

Estar preso em casa o dia todo pode provocar mal humor.

A razão pela qual é imprescindível tomar banhos de sol é simples: os raios ultravioletas aumentam a produção de serotonina, um neurotransmissor associado com a sensação de bem-estar que pode combater os efeitos da depressão.

5. Procure um hobby

Muitas vezes sentimos uma paixão por algo que nunca colocamos em prática. Nada melhor que desenvolver este passatempo para combater a depressão.

Manter a mente ativa, pensando e planejando tarefas que produzem prazer, é um excelente remédio contra a depressão.

6. Viva e sinta a música

Tem muitas pessoas que só precisam ouvir certas músicas para a depressão desaparecer. Dê-se o tempo para viver e desfrutar verdadeiramente as notas musicais.

Os efeitos terapêuticos da música são bem conhecidos e é uma das terapias preferidas por muitos para combater a depressão e a ansiedade.

7. Decida vencer a depressão

Se fizermos tudo isto assumindo os conselhos como “ideias positivas que não funcionarão no meu caso”, então a sua eficácia será drasticamente diminuída.

A depressão é um mal contra o qual você pode lutar conscientemente. Ser feliz é uma opção, mas é também nosso dever.

Saiba como curar a depressão profunda

Como curar a depressão profunda

A depressão profunda é uma doença grave que deve ser tratada com a ajuda de um profissional. O tratamento pode incluir medicação ou psicoterapia, ou ambos.

Se o paciente estiver pensando em suicídio ou estiver extremamente deprimido, ao ponto de não conseguir fazer mais nada sozinho, é possível que precise ser tratado em um hospital.

Se a pessoa está em tratamento e sente que os sintomas estão piorando, deve falar com o seu médico, pois pode precisar alterar o seu plano de tratamento.

Medicamentos para depressão

Os antidepressivos são medicamentos utilizados para tratar a doença que trabalham restaurando substâncias químicas no cérebro em níveis adequados, o que ajuda a aliviar os sintomas.

Se a pessoa sofre delírios ou alucinações, o médico pode prescrever medicamentos adicionais.

Informe o seu médico sobre quaisquer outros medicamentos que estiver tomando, porque alguns deles poderiam alterar a forma como os antidepressivos funcionam no organismo.

Dê tempo para a medicação fazer efeito. Pode demorar várias semanas até se sentir melhor, portanto, continue tomando o seu medicamento como indicado.

Pergunte ao profissional sobre os possíveis efeitos colaterais e o que deverá fazer se tiver algum.

Se sentir que o medicamento não está funcionando, informe o seu médico. Pode ser necessário mudar o fármaco ou a dosagem. Não pare de tomar nem mude a dosagem por conta própria.

Tratamentos alternativos para depressão

– A psicoterapia

A psicoterapia pode proporcionar-lhe a ajuda necessária para falar dos seus sentimentos e pensamentos, aprendendo a lidar com eles.

Na terapia comportamental, se ensina como combater os pensamentos negativos. Nela você aprende a ser mais consciente dos seus sintomas e como identificar os fatores que agravam a depressão, além de habilidades para a resolução de problemas.

A psicoterapia também pode ajudar a compreender as questões que podem estar por trás dos seus pensamentos e sentimentos.

Na terapia de grupo, você pode compartilhar com outras pessoas que têm problemas similares ao seu.

– A eletroconvulsoterapia (ECT)

Este tipo de terapia pode melhorar o humor das pessoas com depressão grave ou pensamentos suicidas que não melhoram com outros tratamentos.

– A fototerapia

Esta terapia pode aliviar os sintomas da depressão nos meses de inverno, um tipo da doença conhecido como transtorno afetivo estacional.

– A homeopatia para depressão

A estrela da homeopatia na depressão é o Aurum Metallicum, capaz de tratar tanto a depressão leve como a depressão maníaca, ou mesmo evitar pensamentos suicidas.

Enquanto isso, o ácido fosfórico é o tratamento ideal para a depressão crônica, agindo sobre a fadiga e a falta de interesse, bem como no desempenho mental e a concentração.

Já a cimicífuga é um bom tratamento homeopático para a depressão com causas hormonais, tais como a depressão pós-parto ou a depressão na menopausa.

Saiba como combater a depressão nervosa de forma natural

– Um remédio natural para depressão

A erva de São João é uma planta cujas flores são amarelas e as folhas têm uma série de perfurações translúcidas de aparência muito marcante.

Por ter óleos essenciais, minerais, flavonoides e taninos, esta erva tem propriedades que ajudam a melhorar o humor e o estado de ânimo, acalmam a ansiedade e agem contra a depressão e distúrbios obsessivos compulsivos.

Os melhores benefícios da erva de São João são obtidos na depressão leve, porque esta erva tem efeitos similares aos das pílulas antidepressivas mais suaves.

Como consumir

A erva de São João pode ser consumida em forma de cápsulas ou infusão.

Em forma de cápsula, você deve seguir as orientações da bula ou do profissional que as recomendou.

Se optar pela infusão, você deverá ferver 30 gramas de flores da erva em um litro de água por alguns minutos. Depois, deixe mornar e filtre a preparação. O líquido resultante deve ser bebido ao longo do dia.

Se preferir, pode adoçar com mel ou açúcar.

Precauções:

Se estiver tomando a erva de São João para a depressão, você deve levar em conta certos sinais que podem ser reações aos efeitos da planta.

Os mais conhecidos são: certas reações alérgicas, mais fadiga do que o normal, aumento da pressão arterial, sensibilidade da pele aos raios solares fora do normal ou possíveis problemas estomacais.

O melhor nestes casos é suspender o uso.

O consumo da erva de São João está contraindicado em mulheres grávidas ou lactantes e também nos casos de bipolaridade, transtornos de déficit de atenção, depressão severa ou esquizofrenia.

Então, isto foi tudo por hoje. Esperamos que tenha achado úteis todas estas informações e dicas sobre como combater a depressão leve e profunda.

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