Muitas pessoas sofrem da síndrome da apneia do sono sem saber, já que não conseguem verificar por si mesmas o sintoma mais comum, o ronco; mas há outros sinais que podem levar à suspeita da desordem. Mas afinal, a apneia do sono tem cura?
A apneia é definida como a cessação completa do fluxo de ar para dentro dos pulmões durante pelo menos 10 segundos.
Para determinar a existência desta síndrome, tem que acontecer um mínimo de trinta pausas de apneia durante o sono, muitas vezes acordando o paciente pela sensação de falta de ar.
Este transtorno afeta de 2 a 4% da população adulta nos países desenvolvidos, sendo mais comum em homens de meia idade que estão com sobrepeso e em mulheres na fase da menopausa.
Índice de Conteúdo
Quantos tipos de apneia do sono tem?
Podemos classificar a apneia do sono em três tipos:
1. Apneia obstrutiva do sono
É a mais comum. Nela, a ausência do fluxo de ar é devida a uma obstrução das vias aéreas.
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Isso acontece durante o sono, pois, quando a pessoa está deitada, os tecidos moles da garganta se movimentam para trás, obstruindo a passagem do ar.
Esta obstrução pode fazer com que a pessoa acorde com frequência, mas na maioria dos casos ela não se lembra dessas breves interrupções do seu sono.
2. Apneia do sono central
O cérebro para de enviar os sinais apropriados aos músculos que controlam a respiração, pelo que deixam de funcionar, interrompendo-a.
Neste tipo de apneia, a via aérea fica aberta, mas como os músculos respiratórios ficam inativos, o fluxo de ar cessa.
A pessoa pode acordar pela falta de oxigênio no sangue e é bastante comum que se lembre que acordou durante o sono.
3. Apneia do sono mista
Estes casos costumam começar como apneia central, mas com o tempo acabam tendo um componente obstrutivo.
Quais são os fatores de risco?
Estes são os principais fatores de risco para o desenvolvimento desta condição:
- Obesidade: é especialmente importante a obesidade na área do pescoço. Se esta área tem excesso de gordura, tende a provocar o estreitamento da via aérea superior (na garganta).
- Amígdalas ou adenoides aumentadas: são órgãos de tecido linfoide localizado na faringe. Se o seu tamanho for acima do normal, podem ocupar as vias aéreas.
- Sexo masculino: tem sido constatado que a apneia do sono predomina nos homens.
- Meia idade: ter quarenta anos ou mais predispõe ao transtorno, já que é mais comum ocorrer entre essa idade e os setenta anos.
- Histórico familiar: se nota uma maior incidência do síndrome entre os familiares de pacientes que sofrem desta condição.
- Álcool, sedativos e tranquilizantes: estas substâncias causam um relaxamento nos músculos da boca, o que favorece a obstrução da garganta.
A apneia do sono tem cura: tratamentos recomendados
A apneia do sono não costuma resolver-se sozinha, mas pode ser tratada.
Existem diferentes opções de tratamento, mas devem ser indicadas pelo médico depois de examinar o paciente e de acordo com a gravidade do caso.
Desta forma, às vezes o médico pode indicar simplesmente medidas de autocuidado, como perder peso ou dormir em determinadas posições.
No entanto, a maioria dos pacientes com apneia do sono moderada ou grave requer o uso de uma máscara nasal e, nos casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia.
– 6 medidas de higiene e alimentares
Quando a apneia é leve podem ser eficazes as seguintes medidas:
- Perca o excesso de peso. Este ponto é muito importante no tratamento da apneia. Pequenas reduções do peso corporal irão proporcionar melhorias significativas, porque o emagrecimento produz um aumento do calibre das vias aéreas.
- Durma de lado ou de bruços. A postura do paciente quando está dormindo é crucial para a ocorrência de apneias. A posição supina (para cima) faz com que a língua e o palato mole descansem sobre a faringe, obstruindo as vias aéreas.
- Evite as bebidas de álcool e os medicamentos com efeito sedativo. O consumo de certas substâncias que causam o relaxamento nos músculos da faringe favorece a obstrução das vias aéreas.
- Melhore a respiração nasal: tente respirar pelo nariz e não pela boca.
– Aparelho para apneia do sono CPAP
Quando a apneia é grave, ou se as medidas acima falharem, o tratamento indicado pode ser o uso do CPAP, sigla em inglês de Continuous Positive Airway Pressure (Pressão Positiva Contínua da Via Aérea).
Este aparelho para apneia do sono é uma máscara nasal conectada a um dispositivo que insufla ar com pressão suficiente como para manter abertas as vias aéreas superiores, evitando assim o colapso respiratório e o ronco.
Este tratamento é muito eficaz, e é capaz de eliminar o ronco, melhorar a qualidade do sono, evitar a sonolência diurna e reduzir a pressão arterial.
A única desvantagem deste tipo de tratamento é que não elimina o problema por completo: se deixar de utilizá-lo, os sintomas aparecem novamente.
Por outro lado, tem pessoas que abandonam o tratamento por considerá-lo bastante incômodo.
– Outros dispositivos
Podem ser utilizados dispositivos intraorais, que aumentam o diâmetro da via aérea superior, deslocando a mandíbula ou a língua para frente.
Esses dispositivos também são usados durante a noite e podem reduzir o ronco, assim como a aparição de apneias obstrutivas.
– Cirurgias
Em casos que não respondem ao uso do CPAP e outros aparelhos, ou em pacientes que não os toleram, pode se recorrer a uma cirurgia para assegurar uma via aérea aberta.
Entre os diferentes tipos de cirurgia, a mais utilizada é a uvulopalatofaringoplastia (UPFP, na sua sigla em inglês).
Este procedimento consiste na remoção de parte do tecido da parte posterior da cavidade oral, a parte superior da garganta, e muitas vezes as amígdalas e adenoides. Esta cirurgia pode reduzir o ronco, mas a sua eficácia atinge apenas 50% dos casos.
Outro tipo de intervenção é a uvuloplastia por laser (LAUP, na sua sigla em inglês), que remove a parte de trás da garganta.
Este método tem sido eficaz na redução do ronco, mas o seu sucesso na resolução de apneias tem sido mínimo, pelo que atualmente não costuma ser recomendado.
A traqueotomia é a última opção no tratamento da apneia obstrutiva do sono. É utilizada somente quando falharam todos os procedimentos mencionados anteriormente.
Consiste na abertura da traqueia através da pele. Como é um método muito agressivo, raramente é usado.
Bem, por hoje foi tudo. Esperamos que estas informações sobre se a apneia do sono tem cura sejam de utilidade para você.
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